segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Planejamento Reencarnatório


Neste trabalho, além explanarmos como se processa o planejamento reencarnatório nos planos espirituais, também responderemos os seguintes questionamentos: Qual a importância da Família em nosso Planejamento Reencarnatório? E O que fala a doutrina espírita sobre o Divórcio?




A Mônada, desde suas primeiras experiências no reino animal, exercita a vida em sociedade: cardumes, matilhas, alcatéias, manada, tropa, e uma maior magnitude como fauna. Quando ingressa no “reino hominal”, ganhando agora a cunha de espírito, amplia seu conhecimento de vida em sociedade, exercitando suas primeiras lições de crescimento moral no seio da família, com os irmãos, irmãs e conseqüentemente seus progenitores.

Este conceito é evidente, quando lemos: “Há no homem alguma coisa mais, além das necessidades físicas: há a necessidade de progredir. Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família mais apertados tornam os primeiros. (...)  Quis Deus que, por essa forma, os homens aprendessem a amar-se como irmãos. (LE. 766 e 774).

A doutrina espírita ensina-nos que encarnamos para evoluir constantemente até alcançarmos a perfeição e sermos eternamente feliz. Como constatamos na resposta obtida pela pergunta 132 do livro dos espíritos. Mas por nossa própria imprudência ou ignorância em manejar as Leis Universais, acabamos nos colocando em situações desagradáveis, constrangedoras e até dolorosas em nossa escalada evolutiva.

É claro que todas as provações e situações, mesmo as constrangedoras, nos são aplicada com a permissão de Deus, baseado sempre em nosso livre arbítrio nas escolhas das provas que achamos aptos a suportas e ultrapassar (LE.. 258). Mesmo com a consciência inata de nossa capacidade de superar estas provas, muitas vezes, nos encontramos em momentos que não vislumbramos nenhuma saída possível. Neste momento, mesmo o indivíduo mais bruto, acaba apelando para nossos anjos da guarda encarnados, nossos pais, nossos cônjuges e até nossos próprios filhos. No momento da angustia, é comprovado, que todos os seres procuram a abrigo e proteção de seus entes queridos.

O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância (LE. 783), e nem tão pouco no isolamento compulsório. Por este motivo que Deus lhe concede a oportunidade de aprender através das diversas reencarnações. Como a melhor forma de aprendermos é pela experiência, durante estes vários períodos de existências na crosta, o indivíduo relaciona-se com vários outros encarnantes, resultando destes contatos muitas vezes amizades fortalecidas ou animosidades resistentes. 

“Afeição real de alma a alma, a única que sobrevive à destruição do corpo” (ESE 4:18), e . durantes os milênios, este Circulo de amizade, fortalecesse cada vez mais. E como amigos verdadeiros, sempre querendo nosso bem e nosso crescimento moral e espiritual. Estes amigos nos facultam sua companhia e amparo na nossa caminhada da evolução. 

 Mas como ensinou o Cristo, devemos a amar a todos sem distinção. Quando despertamos para esta consciência universal, percebemos que os desafetos criados pelo caminho, são exclusivos de nossa própria imprudência. Ou pela falta de paciência, ou pela falta de amor, ou até mesmo pela falta de maturidade. O qual grande não será nossa felicidade em nos redimirmos como estes nosso irmãos de caminhada?

Temos a consciência que nós mesmos escolhemos o gênero de provas que desejamos sofrer, que chamamos de livre arbítrio (LE. 258, 334, 852 e 866). “Enfim, após alguns anos de meditações e de preces,o espírito se aproveita de um corpo que se prepara, na família daquele que ele detestou, e pede, aos espíritos encarregados de transmitir as ordens supremas, para ir cumprir na Terra os destinos daquele corpo que acaba de se formar”.(ESE 17:9)

Desta forma, fica evidente, que é em comum acordo, que chamamos nossos antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em convívio comum, imbuídos na oportunidade de resgate, burilamento e melhoria. (Vida e Sexo, cap. 17) È claro também que não só de inimizades constituiremos nossa meio familiar, visto que seria praticamente impossível os resgate, podendo até mesmo agravar nossos débito, desta forma procuramos o socorro e amparo de nosso amigos mais queridos para o cumprimento da empreitada regeneradora estabelecida no espaço. Convidando-os também a permutarem forças conosco para os acertos vindouros. Usamos assim de seu companheirismos e amor, como porto seguro e pedra angular na construção de nosso lar. Quantas vezes não encontramos irmãos que se apóiam e fortalecem para guiar aquele pai alcoólatra? Ou até mesmo tios que nos guiam no caminho do bem, demonstrando aos verdadeiros pais como devem agir?

Emmanuel deixa este consorcio muito mais evidente, quando diz: “o colégio familiar tem suas origens sagradas na esfera espiritual. Em seus laços, reúnem-se todos aqueles que se comprometeram, no Além, a desenvolver na Terra uma tarefa construtiva de fraternidade real e definitiva” (O Consolador. 175)

E vale reforçar este conceito, citando novamente Emmanuel que nos afirma: “Quase sempre, Espíritos vinculados ao casal interessam-se na Vida Maior pela constituição da família, à face das próprias necessidades de aprimoramento e resgate, progresso e autocorrigenda. Em vista disso, cooperam, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais, aportando em casa, pelos processos da gravidez e do berço, reclamando naturalmente a quota de carinho e atenção que lhes é devida” (Vida e Sexo, cap. 11).
O ser humano nasceu para amar.

Quando criança recém desperta na realidade terrena, ama incondicionalmente seus pais. Amor Filial. “...porque não se pode amar o próximo sem amar nosso pai e nossa mãe...” (ESE 17:3)

Quando na fase da adolescência, tem seu primeiro namorado. O prmeiro relacionamento, o primeiro passo no amor físico. Amor carnal.

 Consolidado este amor, casam-se, e deste encontro de almas afins, nascem os rebentos, aos quais estes pais de primeira viagem, também amaram incondicionalmente. Amor maternal e paternal. “...Cabe ao pai, ajudar sua prole a desenvolver-se intelectual e moralmente, para que possa progredir...” (ESE 17:8)

Os filhos crescerão, também tornarão pais. Os quais proporcionarão os tão sonhados netos. Os avós amarão estes netos como seus próprios filhos. Amor dos avós.”... Os verdadeiros laços de família não são, por conseguinte, os fixados pela consangüinidade, mas os firmados pela simpatia e pela comunhão de pensamentos que unem os espíritos antes, durante e após sua encarnação. ...” (ESE 17:8)

“As afeições reais do espírito sobrevivem à destruição do corpo e permanecem indissolúveis e eternas, Assim considerando, os laços de família formados em bases de fidelidade, amor, respeito e dedicação perdurarão pela Eternidade e serão cada vez mais fortalecidos.” (Renovando Atitudes, 30)

Mas mesmo com a semente do amor inata e com as promessas feitas por ambos os nubentes no plano espiritual, de entenderem-se e apoiarem mutuamente, muitos casais acabam vivendo em conflitos constantes, criando muitas vezes mais pendências do que resgatando-as. Apesar de ser uma instituição amplamente eficiente para constituição do progresso de almas em desalinho, cabe nos perguntar: Que lição aprenderá o casal, visto a falta de amizade, de amor e de interesse em permaneceram juntos? Não dissemos que fomos criados para felicidade? Mas como encontramos a felicidade, se vivemos em uma prisão de brigas e lamentos? Não seria mais humano libertá-los deste cárcere?

Allan Kardec, no livro Evangelho Segundo o Espiritismo lança as mesma perguntas aos nosso amigos espirituais, e a qual respondem: Dia virá em que se perguntará se é mais humano, mais caridoso, mais moralizador reter entre si os seres que não podem viver juntos, do que lhes conceder a liberdade, e se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumentará os número das uniões irregulares" (ESE, 22:4).

Mais além, o codificado complementa: “O divórcio é uma lei humana, que tem por objeto separar legalmente o que já o estava de fato, e não vai de encontro à lei de Deus, por não reformar o que os homens fizeram, nem se aplicar senão quando a lei divina não fora levada em conta. (...) Mesmo Jesus não sancionou a indissolubilidade absoluta do casamento... Jesus vai mais longe, especificando o caso em que o abandono pode ter lugar, que é o adultério. Mas onde exista uma amizade recíproca e sincera não ronda o adultério" (ESE, 22:5).

Fica claro, após a leitura destas linhas, que a doutrina espírita entende que a separação/divórcio só deve ser realizada em último caso, quando não há mais condições de convivência entre os cônjuges.

Mas como na escola terrestre, quando faltamos em alguma prova, não ficamos de segunda época ou recuperação? Assemelha-se também no plano espiritual.

Usando nosso direito embasado na lei do livre arbítrio, não nos é negado adiar ou dilatar o prazo destinado ao resgate de certos débitos (Na Era do Espírito, cap. 11). Mas as provas elaborada em planos extra-físicos, com nossos companheiros de jornada, quando interrompidas pela separação, deverão ser cumpridas em um futuro indeterminado. Ou seja, A lei da ação e reação é certeira e inevitável. Apenas adiamos um convívio que mais dias menos dia terá que ocorrer.

Lembrando um antigo ditado popular, “Casar não é casaco não”. Devemos ensinar aos nossos jovens, como diz Richard Simonetti, que a beleza física é mera carta de apresentação, logo relegada ao arquivo das coisas sem importância.e que o casamento ideal é aquele em que os cônjuges buscam harmonizar-se, cultivando valores de respeito, aceitação, carinho e renúncia.

Não esquecer também das pitadas de bom-humor, o rosto iluminado pelo sorriso, a divina musicalidade do "eu te amo", que operam prodígios de convivência feliz e ajustada. 

Afinal de contas, nascemos para sermos eternamente felizes.


Cesar Camargo - Evangelizador Infantil

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